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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Viver para continuar a lutar

Foi com muito orgulho que criei o logótipo da “Yekîneyên Bijîşkî Taktîkî” (YBT), ou Unidade Médica Táctica, a unidade das milícias YPG/YPJ criada pelo voluntário britânico Macer Gifford com o fim de prestar assistência médica em combate.

As cores das três diagonais da “estrela médica” são as da bandeira do Curdistão sírio (ou Rojava), enquanto a estrela de cinco pontas vermelha do olho da serpente de Asclépio invoca a pertença da YBT às milícias YPG/YPJ.

Podem manter-se ao corrente das actividades da YBT seguindo a sua página no Facebook.

YBT na frente de Raqqa

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Duas propostas de bandeira para os gayhadistas

A propósito do ataque terrorista ao bar gay de Orlando:

GAYHADIST

  1. A self-hating gay Muslim who joins the Jihad “to act manly”.
  2. A Muslim man who got dumped at a gay bar, takes his revenge, and then invokes the Jihad to pretend he had transcendental motives.
  3. A Muslim man who joins the Jihad just for the “male bonding”;
    Muslim version of Y.M.C.A. hookup.
  4. A “50% jihadi”: when he says “Fuck the West!” he only actually means the male half.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Lutando contra o pseudo-Califado

Como forma de apoiar a luta contra os terroristas do Daish, criei para a Wikipédia bandeiras e insígnias de grupos armados que se lhe opõem.

A primeira bandeira, das milícias YPG, não foi criada originalmente por mim. Eu apenas dei um “jeitinho”, para ficar mais condizente com as bandeiras que se vêem nos vídeos do YouTube.

A partir da bandeira das YPG, criei a das YPJ, a sua versão exclusivamente feminina.
(As unidades YPG são mistas, mas maioritariamente masculinas; onde há mulheres para criar uma unidade autónoma, em geral esta fica afecta às YPJ. Na prática, a separação entre YPG e YPJ só ocorre nos campos de treino; na linha da frente, geralmente combatem lado a lado, com uma estrutura de comando partilhada.)

As YPG e as YPJ são o braço armado do PYD, partido curdo da Síria, alinhado com o PKK dos curdos da Turquia. (Segundo a Turquia, o PYD não é mais do que o PKK disfarçado com um bigode postiço sírio...)

Com base na mesma bandeira, criei também a bandeira da HPG, braço armado do já referido PKK.

(Em todos os casos anteriores, é habitual, em especial para quem está de fora, a confusão entre as organizações paramilitares — YPG/YPJ e HPG — e os partidos políticos a que elas estão afectas — PYD e PKK. Em termos formais são coisas diferentes, tendo símbolos diferentes. Ao nível das bandeiras, há uma confusão adicional: bandeira do partido independentista/autonomista curdo vs. bandeira que propõem para o Curdistão por que lutam, seja ele um país independente ou uma região autónoma.)

Finalmente (até agora), criei, a partir da fotografia de uma insígnia bordada, a versão digital do símbolo das YBŞ, milícias da minoria religiosa yazidi no Iraque. (Apesar de serem iraquianas, estas milícias foram criadas e são treinadas sob os auspícios das organizações paramilitares curdas da Turquia e da Síria, HPG e YPG.)

Existem outros grupos paramilitares na região que também combatem os cabrões do Daish, mas a inclusão de caracteres árabes e/ou siríacos nos seus símbolos dificulta a sua reprodução correcta sem erros ortográficos, razão pela qual ainda não arrisquei a criação de uma bandeira ou insígnia...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Deus tem alzheimer
(por isso alguns têm de lembrar-lhe constantemente quão grande ele é)

Há um só Deus* — e é medricas

BOOH! Scared you, did I, you shitty God? (God is small.)

Uma confissão:

O projecto desta t-shirt foi criado no Verão passado, quando chegaram as primeiras notícias de que os terroristas do Daish (também conhecidos como ISIS, entre outras designações para a mesma estupidez e barbárie) andavam a destruir tesouros arqueológicos na Síria e no Iraque.

A verdade é que, uma vez pronta, hesitei em publicá-la. Tinha especiais dúvidas quanto a manter ou não a inscrição em árabe. (Para os curiosos, trata-se de uma inversão de sentido do tradicional takbir.) Manietava-me um receio algo difuso de ordem física, bem como a possibilidade de ofender alguns amigos que, não me conhecendo assim tão bem e tendo a desvantagem adicional da diferença cultural, podiam sentir-se visados por algo que, na minha perspectiva, não lhes era dirigido (ou eu não seria amigo deles).

A hesitação durou alguns dias. Foi o suficiente para que as notícias mudassem: à destruição de estatuária assíria seguiram-se execuções em massa, decapitações, crucificações, sequestro de escravas sexuais... Perante isso tudo, o meu «Booh!» pareceu-me deslocado no tempo e no tom: a t-shirt manteve-se fechada na sua gaveta digital.

Uma característica dos seres adaptáveis é que se habituam às novas circunstâncias. Meio ano depois, não é que a barbárie do pseudo-Califado se tenha tornado aceitável, mas tornou-se certamente parte da paisagem política do nosso tempo: é algo com que contamos. Somando a essa infeliz ausência de estupefacção as renovadas notícias de crimes contra o património histórico da Humanidade (dinamitação das muralhas de Nínive), e tendo presente a manifesta necessidade de sermos um pouco mais Charlie, faço finalmente hoje o que devia ter feito no Verão passado.



* (Ouvi uns boatos...)